sábado, 6 de agosto de 2011

Desalinho, matinal.

Eu digo, seu moço
Traz o café
Pra me despertar a alma
Saliente, palpitante
Esta noite fui ao céu
Te contar, que estive lá

Aquele sorriso me remete
Se intromete, intercepta meu querer
Voraz, do alto contemplo
A figura da perfeição, meio disforme
De fazer chorar, de tirar o ar
De querer amar
De parar o mar
Decolei, como nos filmes
Como em pileque
Como o moleque da pipa,
do cerol
E pude sentir o afago das estrelas
O aconchego dos invernos
A paz do beira-mar

A tristeza me esqueceu
Primavera me aqueceu
Buliço de prazeres
Revés ideológica
Ando confusamente feliz
Sonhando ao meio dia

Deixa o café, moço
Já preciso ir
Tentar descobrir o meu
Combinado ao dela
Te contar, que volto lá
Mas só depois do carnaval

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