domingo, 25 de dezembro de 2011

Carta.

Volto-me, perante a carta
pena fina e tinta fresca
negra, radiante
rabiscando acima dos sonhos
sublevante e ostensivo
sofregando de saudade:
saudades do teu sorriso - que o meu embala!
sincero,
singelo que dissipa
escuridão, gotas de dor
a fúria, o calor voraz
a vista daqui, sei
reservei; fiz mutirão
dancei à luz branda
conquistei cada afago do ar ao seu redor
pra saber, pra graduar
mensurando como quem trama
à fina grama do nosso (futuro) jardim reclama
pela ausência - seguida do brado
pela lacuna que tens me deixado
pelo marasmo de ser só, assim.

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