quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

giz.

por que você sente tanta
falta do que nem viveu?
a apalpar o vento, saudade
ou olhar em volta, cidade

respirar pensando estar vivendo pouco
suspirar sentindo estar gostando muito
sorrindo a esperança de acordar frio
sem pensar no que se foi
rabiscar o que virá

você cede, mas
eu não cedo
nem cedo, nem tarde
sucumbindo ao medo, flor

a ida tem dessas coisas
ida, vida, eu
tanto quanto Morpheu
formei pra ti e pra ela
rabiscando o que virá
ah,

rabiscando o que virá,
rabiscando o que virá.

5 comentários:

  1. - É difícil encontar alguém que faça decentemente brincadeiras com as palavras. Geralmente elas não gostam.
    Very Nice.

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  2. Porque sempre choramos no colo do passado (como eu disse num texto antigo meu), mesmo que o passado tenha sido apenas uma quase-ilusão.

    beijo, Azão.

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